terça-feira, 16 de agosto de 2011

Bullying



Muito se tem falado sobre o bullying e suas consequências. Temos visto pessoas tendo suas atitudes mais cruéis sendo quase justificadas por esse argumento.

Bullying são todas as formas de intimidação e violência provocativas e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, e segundo estudiosos, é uma das formas de violência que mais cresce no mundo.

Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

Um estudo realizado com dois mil estudantes de 5ª a 8ª série de todo o Brasil revelou que 49% dos alunos já se envolverem com algum tipo de bullying. Sendo que 22% deles foram vítimas, 15 % agressores e os 12% restantes foram tanto vítimas quanto responsáveis pelos atos.
O bullying tem três categorias. Tem o direto, que é mais freqüente entre meninos. Eles xingam, agridem, chutam. Tem também o indireto, que é mais comum entre as meninas, que tem como característica isolar a companheira e deixá-la de lado, desprezar. Tem também o cyberbullying, usado na internet, que consiste em montar perfis falsos em sites de relacionamento, fazer montagens com fotos, ou difamação. Muitos segredos familiares são revelados pela internet e o aluno vira motivo de gozação. Vale a pena sempre lembrar, que tanto o bullying convencional quanto o cyberbullying são passíveis de reparação judicial. Muitas vezes, os pais são responsabilizados.
 
A verdade é que o bullying tem deixado marcas que, muitas vezes, não são reveladas com atitudes também violentas. Essas marcas ficam no íntimo das suas vítimas, e na maioria das vezes se transformam em depressão, complexo de inferioridade, baixa autoestima.
Abaixo temos o depoimento de uma mulher que foi vítima de bullying nos tempos da escola, e as dificuldades que encontrou para lidar com as marcas na vida adulta:

“Desde muito pequena sofri muitas agressões verbais, vindas dos colegas e até mesmo de familiares, por ser uma criança gordinha. Pessoas da minha rua cuspiam em mim quando eu passava e eu era constantemente isolada nas rodinhas da escola. Depois, na adolescência, veio a fase das espinhas, e com isso, mais agressões. Cheguei ao ponto de fingir estar doente para não ir à escola e, apesar de sempre ter tido boas notas, fiquei bastante prejudicada. Quando me tornei adulta, continuei tendo muita dificuldade de relacionamento. Não conseguia me aceitar e aceitar que alguém gostava de mim de verdade. De alguma forma, aquelas palavras que me diziam tinham entrado em meu coração e eu acabei acreditando que realmente eu não era uma boa pessoa por não ter um corpo perfeito. Esse complexo me perseguiu também na carreira profissional, e eu cheguei a desistir de entrevistas de emprego, por medo de ser rejeitada pela aparência. Somente depois que conheci a o amor de Deus e o quanto esse amor é transformador, é que aprendi a lidar com toda essa insegurança e caminhar de cabeça erguida. Hoje, tenho uma ótima posição profissional, sou casada e me sinto muito amada por todos que me cercam. Eu ainda continuo acima do peso, mas isso se tornou apenas um detalhe.” - Valentina Ribeiro -

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